Reinaldo

PT tentará nova composição com Sérgio Cabral, mas como em outros estados não desiste de candidato próprio

Nesta nova modalidade de negociação, PT deixa claro que se sente invencível na briga pelo Planalto e os aliados se quiserem é que os acompanhe.
No pleito de 2010 os dois tinham interesse na coligação, PT e PMDB selaram uma aliança no Rio de Janeiro para eleger Dilma Rousseff e reeleger Sérgio Cabral. Os partidos caminharam lado a lado e celebraram o clima festivo como um legado de Lula. A parceria estava tão consolidada que, naquele ano, Lindbergh chegou a dizer em um discurso que Luiz Fernando Pezão seria o próximo governador do Rio, como ficou registrado em um vídeo no YouTube.
Hoje porém a história é outra, o PT tem interesse em eleger Dilma, mas diante de um fragilizado Sérgio Cabral se sente no direito de dar as cartas e distribuir as ordens, e pleitear o Palácio da Guanabara, mesmo que para isso tenha que desmerecer a todo momento o vice de Cabral, Pezão.
Lula tenta a todo custo evitar o racha e o duplo palanque no Rio de Janeiro. Dilma, por sua vez, não vê grande problema caso isso ocorra durante a campanha e se tiver que escolher sobe no palanque de Pezão. A presidente nutre simpatia por Pezão, a quem em público já chamou de “pai do PAC” e, em círculos mais restritos, de “leão da montanha”. Com Lindbergh, o tratamento é bem diferente. Ela se refere ao petista como “moleque” e não o perdoa por ser abertamente entusiasta do “Volta Lula”.
Pezão ainda não convenceu o partido de que pode vencer. A candidatura do PMDB patina hoje nos 5% das intenções de voto, ancorada na péssima popularidade de Cabral. Em 31 de março, quando assumir o Guanabara, Pezão substituirá secretários e tentará passar a imagem de um político simples, avesso a luxos e afeito ao trabalho duro. Por via das dúvidas, os peemedebistas do Rio têm tratado de lembrar aos possíveis desertores de seu alto poder de persuasão entre correligionários de outros estados. Também não param de flertar, discreta mas constantemente, com Aécio, que é amigo pessoal de Cabral.
Leia mais: PT tentará nova composição com Sérgio Cabral nesta quarta-feira - Brasil - Notícia - VEJA.com

Comentários

QB Progressista

Questão